Nada melhor que comemorar o 7 de Setembro com História.
São José do Barreiro recebeu o príncipe dias antes da Independência na Fazenda Pau D´Alho para um banquete.
(...) banquete histórico, realizado em 17 de
agosto de 1822. Foi servido ao então príncipe regente dom Pedro, na Fazenda Pau
d'Alho, em São José do Barreiro, no Vale do Paraíba. O futuro imperador do
Brasil deixou o Rio de Janeiro a cavalo, em direção a Santos, terra de José
Bonifácio de Andrada e Silva, seu ministro e conselheiro, acompanhado de
pequena comitiva. Tinha apenas 24 anos, era jovem e destemido.
No livro O Rei Cavaleiro, de 1933,
Pedro Calmon o descreve com os lábios grossos do pai, dom João VI, os olhos
vivos da mãe, Carlota Joaquina, e um robusto braço plebeu capaz de
"derrubar touros no picadeiro". Dom Pedro viajou para solucionar
divergências entre os súditos da região. No dia 7 de setembro do mesmo ano, ao
passar por São Paulo, proclamou a Independência do Brasil. Com sua imponente
sede colonial erguida em 1817, a Fazenda Pau d'Alho pertencia ao coronel João
Ferreira de Souza, dono de terras a perder de vista. Permanece até hoje em pé,
transformada em museu. No século passado, o conjunto arquitetônico foi tombado
pelo patrimônio nacional e estadual. Informado da visita de dom Pedro, o
coronel mandou preparar um grande banquete, que o homenageado acabou comendo
pela metade. A história é divertida. O dono da Fazenda Pau d'Alho acordou de
madrugada e montou no cavalo, acompanhado do filho Francisco. Queria encontrar
dom Pedro, saudá-lo com as deferências de praxe e conduzi-lo até sua casa. A
cozinheira e as mucamas ficaram dando os retoques finais no banquete. Sobre uma
grande mesa de madeira colocaram uma toalha de linho rendada, a louça inglesa,
os copos de cristal francês, os talheres de prata portuguesa.
Em uma travessa azul, ajeitaram o leitão assado, certamente pururuca, com o obrigatório limão na boca. Na hora da refeição, viriam guisados, virados, frangos, pratos variados de arroz e, seguramente, doces como pudim de claras ou de pão, bolo de coalhada, abóbora em pedaços, arroz-doce e furrundum - cidra ralada, melado e gengibre. A certa altura, apareceu na porta da cozinha um moço simpático que disse pertencer à comitiva do príncipe. Afirmou que deixara os companheiros para trás porque sentia muita fome. Pediu para ser servido antes e lhe deram um prato de comida. A mesa principal continuava intocada, aguardando a chegada do príncipe regente.
Em uma travessa azul, ajeitaram o leitão assado, certamente pururuca, com o obrigatório limão na boca. Na hora da refeição, viriam guisados, virados, frangos, pratos variados de arroz e, seguramente, doces como pudim de claras ou de pão, bolo de coalhada, abóbora em pedaços, arroz-doce e furrundum - cidra ralada, melado e gengibre. A certa altura, apareceu na porta da cozinha um moço simpático que disse pertencer à comitiva do príncipe. Afirmou que deixara os companheiros para trás porque sentia muita fome. Pediu para ser servido antes e lhe deram um prato de comida. A mesa principal continuava intocada, aguardando a chegada do príncipe regente.
No livro Na Trilha da Independência,
de 1972, Maria de Lourdes Borges Ribeiro conta que o forasteiro jantou numa
mesinha singela. Pouco depois, entrou o coronel João Ferreira de Souza e levou
um susto. O moço era ninguém menos que o bem-humorado dom Pedro. Antes de sair
dali, o príncipe plantou uma palmeira imperial. Voltou quatro vezes, fazendo a
mesma coisa. As cinco palmeiras continuam vivas. Dispomos de informações
suficientes sobre a arrojada viagem de dom Pedro a São Paulo. O percurso - que
um século depois seria acompanhado pelo traçado da antiga Estrada Rio-São
Paulo, inaugurada em 1928 - incluía trechos desabitados na Serra do Mar, matas
cerradas, rios e riachos para transpor. Só no Vale do Paraíba eram encontradas
algumas povoações e lavouras de café e cana-de-açúcar.
O príncipe regente sabia que, além das trilhas
difíceis, descansaria ao relento e teria de se alimentar com o que encontrasse.
Mas são escassas as descrições do que comeu no trajeto(...) Fonte: valedoparaiba.com/boletim/2010/.../01.doc
Bem...será que foram essas comidas todas que ele andou comendo por aqui :)?
Laurentino Gomes no livro intitulado, "1808", narrou a atrapalhada e nada honesta aventura da corte portuguesa no Brasil de 1808 a 1821:
D Pedro pouco antes de proclamar a independência foi acometido de uma forte dor de barriga e apressou-se em procurar o mato, mandando seus homens esperá-lo a 600 metros até que ele aliviasse o desaranjo instestinal.
Observem como Laurentino narra o fato.
" O destino cruzou o caminho de D Pedro em situação de desconforto e nehuma elegância. Ao se aproximar do Riacho do Ipiranga as 16:30, O futuro imperador do Brasil foi vítima de uma dor de barriga.
O coronel Manoel Marcondes de Oliveira, que acompanhava o príncipe, em suas memórias usou um eufemismo para amenizar o impacto que a diarréia causaria na história e escreveu:
"D Pedro se via obrigado a apear do cavalo para prover-se no denso matagal. Ou seja: Como diria o capitão Nascimento o príncipe pouco antes de libertar o Brasil do jugo português inventou a célebre frase atribuída a Nascimento: Isso vai dar merda".
Depois de curado com um chá de olho da goiabeira, o príncipe fez o que devia fazer: Libertou o Brasil de Portugal? (...)
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